O primeiro passo para quem quer discutir juventude no Brasil é
identificar de qual juventude estamos falando. Falar deste grupo pode
parecer uma tarefa fácil, uma vez que o termo é corrente no nosso
vocabulário e tem uma definição no senso comum.
Convivemos com jovens e somos jovens e temos nossas opiniões a respeito
das características, das questões, dos problemas ou das virtudes da
juventude. Convivemos diariamente com instituições que disseminam
impressões sobre quem são e como vivem moças e rapazes.
Com
freqüência, a imagem dos jovens é permeada por estereótipos e por um
conjunto de ideias bastante contraditórias sobre a vivência da condição
juvenil. É comum, por exemplo, comerciais e propagandas que explorem a
imagem da juventude, associando os sujeitos jovens à saúde, ao
desprendimento, à liberdade e à espontaneidade. Por outro lado, nos
noticiários da TV, podemos observar uma percepção bastante negativa dos
jovens, ao desvio, à desordem social e à violência.
Eu mesmo
sempre associo a juventude as grandes vitórias que foram conquistadas
durante todos esses anos. Por exemplo, a ditadura militar que centenas
de jovens foram as ruas lutar pelo direito à democracia. Ao impitima do
Collor com os caras pintadas, quando a juventude vai para as ruas
protestar pelo aumento do salário dos professores, contra corrupção,
contra a fome e a pobreza, contra o desmatamento da amazônia.... quando
ligo a TV, ou quando estou na internet sempre vejo os jovens lutando por
ideais coletivos... vejo que a verdadeira transformação dentro da nossa
sociedade, parte da juventude, é a juventude quem puxa, quem motiva,
cobra e é capaz de transformar verdadeiramente a política da nossa
cidade.